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08/11/2005
-
14h26
da Folha Online
Três homens armados atacaram nesta terça-feira dois advogados da equipe que trabalha na defesa do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein (1979-2003) e de sete de seus colaboradores, que estão sendo julgados no Iraque. Um dos advogados morreu e outro ficou bastante ferido.
O ataque aconteceu em uma área de Bagdá predominantemente sunita, informou a polícia.
O advogado Adel al Zubeidi, que representava o ex-vice-presidente iraquiano Taha Yassin Ramadan e Abdullah Kazim Ruwayyid, membro do antigo partido Baath, foi assassinado e Thamir al Khuzaie --que trabalhava na defesa do meio-irmão de Saddam Barazan Ibrahim--, ficou ferido, informou a polícia.
Essa é a segunda vez que um advogado que trabalha na defesa de Saddam e de seus colaboradores é assassinado, em menos de um mês. No último dia 21, a polícia encontrou o corpo de Saadoun Sughaiyer al Janabi, que representava Awad Hamed al Bandar, o antigo chefe da Corte Revolucionária de Saddam, em um depósito de lixo de Bagdá. Ele foi assassinado com vários tiros na cabeça.
O assassinato de um segundo advogado pode levantar dúvidas sobre a realização do julgamento de Saddam e seus colaboradores, iniciado no último dia 19, e interrompido pelos juízes três horas depois. O processo deve ser retomado no próximo dia 28.
O advogado-chefe da equipe de defesa de Saddam, Khalil al Dulaimi, culpou o governo pelo ataque realizado nesta terça-feira. Em entrevista à rede de TV Al Jazira (Qatar) ele afirmou que os assassinatos foram feitos por um grupo usando veículos do governo iraquiano. "O objetivo desses ataques organizados é assustar advogados árabes e estrangeiros", afirmou Al Dulaimi, que pediu pela ajuda da ONU (Organização das Nações Unidas) e pediu pela instauração de um comitê de investigação no Iraque, para apurar os responsáveis pelos assassinatos.
Mudança
Al Dulaimi também pediu para que Saddam e os outros sete acusados foram transferidos para a prisão de um país "neutro". Atualmente, todos estão presos em Bagdá, sob o controle do Exército americano.
O promotor Jaafar al Mousawi, que trabalha no caso de Saddam lamentou a morte de "seus colegas do Judiciário", e disse que a corte que trabalha no julgamento do ex-ditador e de seus antigos colaboradores iria "fazer o possível para providenciar mais segurança" aos advogados.
"Deus queira que isso [o assassinato de Al Zubeidi] não afete a próxima sessão [marcada para o próximo dia 28]", afirmou Al Mousawi.
Entretanto, Sarah Leah Whitson, diretor da organização Human Rights Watch para o Oriente Médio, afirmou que o último ataque mostra que o governo iraquiano "precisa garantir as condições justas para os acusados".
"Está claro que o trabalho do governo iraquiano não está adequado. Eles precisam pensar e descobrir como criar condições para um julgamento justo, e que promovam a segurança da equipe de defesa", afirmou.
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Três homens armados atacaram nesta terça-feira dois advogados da equipe que trabalha na defesa do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein (1979-2003) e de sete de seus colaboradores, que estão sendo julgados no Iraque. Um dos advogados morreu e outro ficou bastante ferido.
O ataque aconteceu em uma área de Bagdá predominantemente sunita, informou a polícia.
O advogado Adel al Zubeidi, que representava o ex-vice-presidente iraquiano Taha Yassin Ramadan e Abdullah Kazim Ruwayyid, membro do antigo partido Baath, foi assassinado e Thamir al Khuzaie --que trabalhava na defesa do meio-irmão de Saddam Barazan Ibrahim--, ficou ferido, informou a polícia.
Essa é a segunda vez que um advogado que trabalha na defesa de Saddam e de seus colaboradores é assassinado, em menos de um mês. No último dia 21, a polícia encontrou o corpo de Saadoun Sughaiyer al Janabi, que representava Awad Hamed al Bandar, o antigo chefe da Corte Revolucionária de Saddam, em um depósito de lixo de Bagdá. Ele foi assassinado com vários tiros na cabeça.
O assassinato de um segundo advogado pode levantar dúvidas sobre a realização do julgamento de Saddam e seus colaboradores, iniciado no último dia 19, e interrompido pelos juízes três horas depois. O processo deve ser retomado no próximo dia 28.
O advogado-chefe da equipe de defesa de Saddam, Khalil al Dulaimi, culpou o governo pelo ataque realizado nesta terça-feira. Em entrevista à rede de TV Al Jazira (Qatar) ele afirmou que os assassinatos foram feitos por um grupo usando veículos do governo iraquiano. "O objetivo desses ataques organizados é assustar advogados árabes e estrangeiros", afirmou Al Dulaimi, que pediu pela ajuda da ONU (Organização das Nações Unidas) e pediu pela instauração de um comitê de investigação no Iraque, para apurar os responsáveis pelos assassinatos.
Mudança
Al Dulaimi também pediu para que Saddam e os outros sete acusados foram transferidos para a prisão de um país "neutro". Atualmente, todos estão presos em Bagdá, sob o controle do Exército americano.
O promotor Jaafar al Mousawi, que trabalha no caso de Saddam lamentou a morte de "seus colegas do Judiciário", e disse que a corte que trabalha no julgamento do ex-ditador e de seus antigos colaboradores iria "fazer o possível para providenciar mais segurança" aos advogados.
"Deus queira que isso [o assassinato de Al Zubeidi] não afete a próxima sessão [marcada para o próximo dia 28]", afirmou Al Mousawi.
Entretanto, Sarah Leah Whitson, diretor da organização Human Rights Watch para o Oriente Médio, afirmou que o último ataque mostra que o governo iraquiano "precisa garantir as condições justas para os acusados".
"Está claro que o trabalho do governo iraquiano não está adequado. Eles precisam pensar e descobrir como criar condições para um julgamento justo, e que promovam a segurança da equipe de defesa", afirmou.
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